15/05/2017

Simbolismos da Lua - Parte 9

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     A Lua sempre esteve presente no imaginário popular. Em todo o mundo ela adquiriu simbolismos e crenças. Relacionadas à linguagem, as tradições populares, aos sonhos e a astrologia, suas fases e suas machas sempre foram ligadas ao cotiano, as esperanças e as preocupações das pessoas
    Serviu de inspiração para poetas, artistas, astrólogos, filósofos, músicos e sacerdotes. Cada um observando nela uma imagem estampada em suas manchas. Marcou o tempo, induziu
à ciência, ensinou, ajudou e principalmente uniu vários povos.
     Nessas junções de culturas e visões, muitos símbolos foram perdidos, muitos mantidos, agregados e sincretizados, chegando à nós hoje por ensinos e adágios tradicionais mantidos nas lendas, mitos e costumes populares. A Lua nunca foi vista como um astro morto como a ciência nos mostra hoje, mas sim como cheia de vida em intensa e constante mutação.
      E é justamente essa mutação que mais trás simbolismos. A mudança das fases da Lua a cada semana simboliza a vida, a morte e o renascimento. Ela desaparece mas sempre retorna, nos mostrando os ciclos infinitos e a imortalidade. Ela morrer na minguante em uma forma, e retornar na nova em outra, trás ensinamentos sobre o desapego excessivo ao corpo físico e a abertura a novas experiências. Suas fases foram relacionadas a muitas divindades ao longo da história humana, sendo os aspectos lunares bem comuns na mitologia, principalmente relacionada à aspectos femininos.
     Sendo assim, tanto na mitologia quando no cotidiano, a Lua se tornou um simbolo dos ciclos femininos. O ciclo menstrual feminino também tem 28 dias, geralmente. Os povos do norte da Europa, como os Finlandeses e os Estônios, celebravam os casamentos na Lua Cheia, e usavam seus ciclos como método contraceptivo.
     Além dos ciclos femininos, a Lua simboliza todos os ciclos naturais e rege os ritmos biológicos. Ela provoca movimentos biológicos, com dominância principal sobre a água, tanto as marés, como as chuvas e a constituição dos compostos orgânicos. Simbolo da fecundidade, a Lua está associada as águas por provocarem o inicio do processo criativo.
     A Lua está extremamente relacionada ao Sol. Ambos simbolizam a dualidade feminina e masculina. Alguns povos da América do Sul e da Europa atribuíam as manchas da Lua ao ciúme do Sol, que havia lhe jogado poeira para ofuscar sua beleza.
     É também base para contagem do tempo. Os Calendários Lunares Incas por exemplo são famosos no mundo todo, e formavam unidades mensais. Para outros povos ela também simboliza a passagem da vida para a morte e o momento presente.
      Para os Hebreus ela simboliza seu povo, sempre em busca de uma nova morada, mudando constantemente.
      Para os Árabes, no Alcorão, é um dos símbolos do poder de Alá, e determina o calendário festivo e os atos religiosos.
     Na cultura Islâmica, o calendário lunar é a base para as atividades religiosas, e o solar para as atividades da agricultura.
     Hoje é muito conhecido os sabás, festividades que marcam o calendário Celta, entretanto o primeiro calendário desses povo foi de origem lunar, sendo pilar para os esbás.
     Na Filosofia Grega, para Plutarco, a Lua era a morada de todos os mortos de boa índole que iriam reencarnar.
    Na astrologia, ela simboliza o subconsciente, a noite os sonhos, a passividade, a imaginação, o psiquismo e tudo que é instável, transitório e inconstante. É curioso saber que antes do zodíaco atual de 12 casas, existia um mais antigo de 28 dias, baseados no ciclo completo da Lua.
    No Tarot, é o arcano maior de número 18, que representa, entre outros aspectos, à tristeza, à solidão, às doenças, fanatismos, falsidade, magia, mentira e mudanças.
 
Palavras Chaves: Imaginação, sonho, inconsciente, mudança, tempo, ciclo, desestabilidade, fluxo, reflexão, esperança, morte, vida, renascimento, imortalidade, feminilidade, mulher, água, calendário, passagem, espirito, desapego, deusas, deuses, passividade, submissão, sabedoria, fertilidade, oculto, falsidade, maternidade.
 
Gratidão.
Abençoado seja.
Bruxa Nimeuh de Ísis.

Referências Bibliográficas Gerais da sequência de textos “A Lua”.
VIRGATCHIK, Ilya. Le Guide marabout de la Lune et des influences lunaires. Verviers: Les Nouvelles Editions Marabout, 1983.
CANTRELL, Gary. Wiccan Beliefs & Practices. Llwellyn Publications St. Paul, 2001.
MILLENNIUM.  Wicca - A Bruxaria Saindo das Sombras,  Madras, 2004.
PIETRO, Claudiney. Wicca Para Todos: Um Guia Completo Para a Prátria da Bruxaria Moderna. Alfabeto, 2009.
CALDEIRÃO, Alquimias de. Livro das Sombras.
LANCEY, LoiseLunaception: A Feminine Odyssey into Fertility and Contraception. Hardcover, 1975.
GAUQUELIN, Michel. Rythmes biologiques, rythmes cosmiques. Marabout Université, 1973.
PAPUS, Gerard Anaclet Vincent Encausse. Tratado Elementar de Magia Prática. Pensamento, 1995.
LUA (simbologia) in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [consult. 2017-05-16 01:04:03]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$lua-(simbologia)


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